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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Brigam Espanha e Holanda

Fui me encontrar com o mar às escondidas esta tarde. Esperei o sol começar a se por, a turma das barracas desmanchar seu trabalho, os banhistas se recolherem e caminhei sozinha.
A geografia da praia mudou. A ressaca da semana passada abocanhou um pedaço enorme de areia. A gula do mar fez-se notar até na borda de calçadas de concreto. E lá ficou azul , transparente, senhor! Lembrei de Leila Diniz, rata de praia, com sua composição curtinha: "brigam Espanha e Holanda pelos direitos do mar/brigam Espanha e Holanda porque não sabem que o mar/é de quem o sabe amar".
O mar parece reivindicar o que já foi seu um dia. Os aterros, os concretos, as madeiras, nada escapou de sua fúria incontida. E o espetáculo da ressaca inundou nossos olhos de beleza. O mar tem dessas coisas: até se nos assusta é belo!
Olhei bastante , gastando cada bocado de luz e de admiração para guardar a beleza em meus olhos. À noite, quando os lençóis solitários me envolverem, minha retina vai levar o mar até meus sonhos!

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