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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Se Rafael soubesse deste blog o troféu Teia de Aranha seria só meu.Faltou tempo e paciência para postagens.
Atualizando hoje.
Faz frio. Agradeço à vida por estar em Cabo Frio. Quando morei em Nova Friburgo o frio era incapacitante.Doía os ossos, as mãos. Gelava os pés. Mudei para muito melhor, com certeza.
Rosa tem um neto. Izabel tem uma neta. Eu tenho uma neta. Estamos na fase dos netos. Associar esta fase à velhice será o natural? Ainda não me sinto velha. Sinto, é claro, as inconveniências da idade. Dores , algumas. E tudo se compensa com a paciência, que aumentou muito, com a sabedoria que chegou ( ou não? será que estou me achando?) com o sorriso de Laura!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Tudo azulzinho hoje. Vi minha neta, passeei com ela .
Olhar a criança que amo liberta a criança que ainda mora dentro de mim. E como papinhas, tomo mamadeiras, falo a língua dos bebês. E dou muitos sorrisos quando ela me sorri. E canto cantigas de acalmar quando ela chora.
Dorme minha pequena!

domingo, 9 de agosto de 2009

Está chegando a hora de ver minha neta. Laura tem seis meses e é muito amada.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Temporariamente estou presente
sou gente.
Tempestivamente serei pó.
Ausente.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Dia morno

Um dia para se esquecer é um dia de problemas? De um dia morno ninguém se lembra.
Hoje é assim. Não me lembrarei.
Só ando querendo só mais cinco minutinhos com o meu amor para dizer o quanto o quero , o quanto ele é importante para mim. Só que eu não tenho o meu amor nem terei ou tive?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O Ururau da Lapa

Quando eu era menina tinha muito medo do Ururau da Lapa. Conta a lenda que a filha de um coronel muito rico se apaixonou por um cortador de cana muito pobre. Nos idos de 1786, o senhor das terras tudo podia. E resolveu dar um fim àquele amor jogando o rapaz no rio Paraíba do Sul, bem em frente ao Convento da Lapa, onde o rio faz uma curva e dá à cidade de Campos dos Goytacazes uma de suas mais belas paisagens.
Desde aquele tempo, as freiras do Convento prestam um belo trabalho à comunidade vizinha. Elas são da congregação das Carmelitas e dedicam-se, principalmente, ao cuidado de meninas órfãs, algumas até abandonadas na porta da igreja. Ensinam a leitura, os números, a costurar, a bordar, levam médicos e dentistas voluntários aos que não têm como procurar esses serviços. Cuidam das meninas precocemente grávidas. Cuidam dos órfãos abandonados em sua porta.
Mas voltemos à lenda!Dizem que o Deus das Águas indignado com a violência resolveu transformar o rapaz num enorme jacaré de papo amarelo, o Ururau. Só que um amor contrariado causa desvarios. Louco de saudades, nas noites de lua cheia, o Ururau vinha até a beira do rio tentando encontrar sua amada. E como não a via, acabava por levar uma das meninas que se abrigavam no Convento. As freiras, desesperadas, tendo ouvido dos pescadores a causa de tantas perdas, foram procurar o senhor malvado, que confessou seu pecado e prometeu em penitência mandar vir de Portugal um sino de ouro para o Convento.
Quando o navio se aproximava do porto, o imenso jacaré estraçalhou o navio e levou o sino para o fundo do rio evitando assim o perdão de seu algoz. Daí, nas noites de lua cheia, quando se ouvia o sino, uma das meninas sempre se ia com o Ururau.
Dizem que ele até hoje toma conta do sino. Mas hoje já não tenho medo do Ururau. Tenho medo das águas do rio tão sujas e poluídas. Pobre rio Paraíba, agonizante! Em suas águas já se derramaram tantos resíduos tóxicos de mineradoras que o jacaré já deve ter-se desintegrado como os peixes que morreram na superfície. Só não deve ter aparecido seu corpo porque está escondido sob o sino. Que também já deve estar corroído.
Crianças têm medo de lendas. Adultos têm medo do mal que o homem faz à natureza tão dadivosa e indefesa.
O Ururau da Lapa hoje é o próprio rio Paraíba do Sul.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Começar de Novo

E contar comigo. Começa assim uma canção de Ivan Lins.
Começo hoje este blog. Contando comigo.
Vai valer a pena ter virado o barco, reinventado a vida, mudado de casa, deixado o emprego.
Lembrando Adélia Prado, refaço a minha vida sempre e sempre. Recomeço.